segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Ainda a Globalização

Antes de vir para a China nunca tinha comido um hamburger no KFC nem no Hard Rock Café. Nunca tinha tomado um café no Starbucks e nunca tinha feito compras no Wall Mart nem no Metro. Tinha uma ideia do que era o Hooters, mas nunca pensei que o conceito seria adaptável à China até o ter visto com os meus próprios olhos.

As grandes multinacionais entram e vão-se expandindo no país de uma forma sem precedentes, sob o olhar atento de um Partido que ainda se chama de Comunista mas que se poderia chamar outra coisa qualquer. Empresas como a General Motors, encontraram uma tábua de salvação no mercado chinês, quando a operação no próprio mercado de origem há muito tinha deixado de ser rentável.

Os arcos dourados, símbolo supremo da globalização das empresas

Por outro lado, a nova geração de chineses é consumidora compulsiva de internet e jogos em rede, ao ponto de já existirem no país clínicas para ajudar os mais adictos a ultrapassar o seu vício. No meio deste país em plena convulsão económica, apesar de os blogs continuarem a estar inacessíveis, até já é possível encomendar pizzas e marcar viagens de avião usando apenas o Messenger!

Não é fácil compreender a mentalidade dos chineses, que por um lado são orgulhosos e nacionalistas mas ao mesmo tempo veneram aquilo que vem de fora; que são empreendedores e informados mas que não demonstram qualquer interesse por mudanças democráticas que no Ocidente há muito teria sido exigidas. Mas o que é certo, é que adoptando de fora aquilo que lhes interessa e mantendo o essencial da sua própria cultura, vão construindo um modelo de desenvolvimento único no mundo e, até mais ver, de grande sucesso.

1 comentário:

João Ramalheira (소아오 하말례이라) disse...

este artigo ate podia ir para o Jornal de Negocios :)